sexta-feira, 9 de março de 2018

O que aconteceu comigo?

Eita, blog, vamo com calma que eu nem sei por onde começar. É que são tantas coisas! Eu lembrei de como me ajudava colocar os meus sentimentos pra fora escrevendo aqui, ainda que ninguem fosse ler. Na real eu conheço alguem que leu esse monte de linhas tortas e encontrou um pouquinho de esperança, se divertiu com os dramas e sorriu ao se reencontrar com uma inocencia e uma fé no amor tão bonitas... Me reencontrei com um eu tão diferente, e ainda tão eu que não tive como simplesmente ignorar. [PQP COMO FOI DIFICIL LEMBRAR MINHA SENHA]. Tá, vamos do começo.
Meu nome é Caroline Silva Torres, sao 02:10 da madrugada, hoje é quinta feira, to às vésperas de completar meus 24 anos (idade da decisão) e to no meu apartamento em São Paulo. Aí você me pergunta: não tem que acordar cedo amanhã, não, ô caralho? E eu te respondo: vai cuidar da sua viBRINCADEIRES kkkk comecei a procurar emprego essa semana depois de morar um ano fora. Inclusive, não mandem nudes, mandem jobs.
Ah, que ano! Acho que falei no ultimo post daqui do blog (oi meninas tutopom) que tinha planos de alçar voos por aí, e escolhi a Holanda pra ser a minha segunda casa nesse mundão de meu Deus.
Tem um post aqui tambem que fala da primeira viagem sozinha que fiz pra Europa, no final de 2015, e de como essa viagem abriu meus olhos pro mundo, me mudou, me preencheu, me encantou. Daí pensei: "chegou a hora de recomeçaaaar, ter cada coisa em seu lugar" - e que belo dum recomeço esse start no país dos moinhos, do stroopwafel, das tulipas, da Heineken e dos joints, né? Eu num sou boba, meuzamigo :) arrumei minhas malas pleníssima e me joguei. Qualquer dia conto sobre os processos que me levaram até la, caso interesse a alguém. 
Dia 28 de Janeiro de 2017 eu peguei o voo da KLM rumo a Amsterdam. Ainda no aeroporto de Guarulhos me despedi da minha mãe e do meu pai; nos abraçamos, choramos menos do que achamos que fossemos chorar e eu desapareci rumo às esteiras de Raio-X. Daí voltei cinco minutos depois pq tinha esquecido minha almofada de pescoço kkkkk se nao for pra esquecer algo, nao sou eu. 
Meu voo foi tranquilo, meu ano lá também. Passou tão rapido que tem hora que eu penso que o que eu vivi não foi real. Me peguei pensando esses dias e fiquei "será?" - sorte é que fiz amigos muito especiais e que estão aí pra confirmar que o que vivemos foi mais do que real: foi muito doido, intenso, maravilhoso. De 2015 pra cá eu vinha me redescobrindo, me reinventando, e acho que até o fim de 2016 foi como se tudo fosse um ensaio. Aí veio 2017 gritando VALENDOOO! como se eu estivesse num octógono (em inglês seria o famigerado IT'S TIIIIME!) e tivesse que me preparar pra um vale tudo da vida real. 
No começo foi engraçado. Eu cheguei a pesquisar no Google "como cozinhar batatas" e "tenho que virar uma omelete na frigideira?". Um dia caí da escada, ralei meu braço e pernas, cheguei no ultimo degrau, levantei plenissima e quando vi que tava tudo doendo e sangrando eu me joguei no sofá e chorei. Eu queria a minha mãe, queria um colo, mas a unica coisa que deu pra fazer foi limpar o sangue do sofá azul clarinho que eu tinha manchado :'( 
Teve outro dia, que eu fiquei com febre e tudo o que eu queria era estar na minha casa, com a minha familia me cuidando. mas tive que trabalhar num frio de -10ºC e com chuva. 
O saldo, entretanto, foi muito mais que positivo. Quantos lugares eu conheci, quantas pessoas, quantas paixões súbitas na balada e nos encontros do Tinder. Qualquer dia eu escrevo sobre esse capítulo da minha vida; vocês vão rir de preocupação e de nervoso HAHAHAH 
Enfim. O que aconteceu comigo? Eu diria que passei por um intenso processo de aceitação de quem eu sou, o que eu quero e o que me faz feliz; e, acreditem, era mais simples do que eu imaginava, mas eu precisei cruzar um oceano pra entender e aceitar que recomeçar é bom, e que pra cada recomeço existem possibilidades e um caminho vasto e lindo pra percorrer. O que a gente encontra no meio do caminho e as coisas que a gente vive vão nos guiar nessa busca eterna de quem somos nós. E a gente só descobre quando somos nossa própria companhia :) 
Eu so digo uma coisa: na dúvida de ir, vá! A gente se arrepende bem mais de nunca ter tentado do que se arrepende de ir.


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