terça-feira, 21 de junho de 2011

O riacho secou.

Em meio à sequidão, o que era um riacho transbordante foi se encolhendo e diminuindo até se tornar apenas um filete de água. E, por fim, apenas um leito de terra úmida. Em meio à seca que afligia Israel, Elias estava vivendo essa situação terrível em sua vida (1 Rs 17:7).
Ele aprendeu algumas lições preciosas lá no meio daquele riacho seco no qual estava vivendo.
O riacho de Elias secou porque um dia ele havia orado pedindo que assim acontecesse (Tiago 5:17). Muitas vezes, esse é o nosso problema. Nós queremos que Deus haja em nossas vidas, mas não queremos que doa. Se um dia nós oramos pedindo para Deus nos abençoar, devemos nos preparar, pois talvez Deus não nos leve a um rio transbordante, mas sim, primeiramente, a um riacho seco para nos capacitar, para então nos ministrar Sua benção.
Quando o riacho secou, Elias poderia ter pensado: "Como Deus pôde me esquecer?" Mas, na verdade, o que aconteceu foi exatamente o oposto. A Palavra de Deus diz que quando o riacho secou, Deus enviou Elias à região de Sarepta porque lá havia provisão garantida. Então saiba que quando o seu riacho secar, Deus já proveu algo melhor para você lá adiante. Ele quer que você se movimente para te exaltar! Imagine se o riacho de Elias não tivesse secado... Ele não teria saído daquele lugar, teria morrido ali, e não teria se tornado o profeta que conhecemos hoje.
E também foi no meio do riacho seco que Elias ouviu a voz de Deus. "o riacho secou..., então, lhe veio a palavra do Senhor, dizendo...". O profeta aprendeu que quando o rio seca, Deus fala! Quando estamos num riacho transbordante, a tendência é não darmos ouvidos à Sua voz; mas quando o riacho seca nos tornamos mais sensíveis aos sussurros do Senhor ao nosso coração!


Creia, há provisão de Deus para você mais adiante!
Algo melhor está por vir.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O que fazemos para mudar o que somos.

I can trust you, I can see; I can try, I can feel it. Take care about tomorrow, you need someone to follow; there's a happy end, even at the end 'cause tomorrow will be better - we must believe it. (Rosa de Saron - Velhos Outonos)
Somos tão pequenininhos, falhos, frágeis e dependentes! Se todos pudéssemos entender esse princípio, aquilo que tem nos separado do amor de Deus (nós mesmos) não seria nada se comparado às Suas misericórdias, graça e carinho. Então não importa quem você é, de onde você veio e o que você tem feito. Ele conhece o seu coração e vê a sua vontade de crescer, de mudar, de ser melhor! Ele sabe da sua dor mesmo que ninguém mais saiba. Ele contou cada lágrima e, acredite, elas não foram vãs.  Seja abraçado pelo amor do Senhor! Peça a Ele que renove as suas forças, que esteja contigo, guiando cada passo por onde quer que você andar. Saiba que sempre existirá uma escolha e sempre haverá um caminho! Você pode escolher ser melhor do que aquilo que você foi ou do que você se tornou. Escolha andar pelo caminho; não abra mão da presença divina e dos sonhos que Ele tem pra sua vida. Você não está sozinho e será ajudado o tempo todo. Quando ficar dificil e quase insuportável prosseguir, pense que caminhar pela sua propria vontade e suas próprias ambições não vale a pena. Caminhe pela vontade do Senhor; é Ele quem muda os seus passos e que sempre iluminará o seu rosto, ainda que  você esteja cansado! (2 Samuel 22:33)
"Vai ficar ou vai correr? Vai salvar ou esquecer? Eu só quero que me ame até o pôr do sol. Os dias passam, passam as horas; tocando temas com um piano desafinado. Mais ou menos errado, mais ou menos parado. Sem sentido, um pouco ignorado... Gritos ecoam. Selam memórias. Marcam. Deus ainda chora; sempre rimos e o mundo esquece o tempo da última prece. E ninguém aquece, ninguém acontece. Você sente na pele; os dias estão frios, as noites estão quentes; caminham num labirinto de vento, vestindo pouco a pouco o esquecimento. Somos o que fazemos para mudar o que fomos. Mas, se nada somos, virão apenas velhos outonos. Vai ficar ou vai correr? Vai salvar ou esquecer? Eu só quero que me ame até o pôr do sol. Uma lágrima no chão reagiu minha lentidão; tocou meu coração, fiz o que precisava. Ele chorava e eu perguntava: é comida? É uma casa? Mal a noite caia, ele dizia: "se quiser fazer algo por mim, faça um verso sereno. E que ele me leve; não somente até o céu, mas perto das estrelas". Somos o que fazemos para mudar o que fomos."

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Clamor.


Ouve, Senhor, a minha oração, dá ouvidos à minha súplica; responde-me por tua fidelidade e por tua justiça. Mas não leves o teu servo a julgamento, pois ninguém é justo diante de ti. O inimigo persegue-me e esmaga-me ao chão; ele me faz morar nas trevas, como os que há muito morreram. O meu espírito se desanima; o meu coração está em pânico. Eu me recordo dos tempos antigos; medito em todas as tuas obras e considero o que as tuas mãos têm feito. Estendo as minhas mãos para ti; como a terra árida, tenho sede de ti. Apressa-te em responder-me, Senhor! O meu espírito se abate. Não escondas de mim o teu rosto, ou serei como os que descem à cova. Faze-me ouvir do teu amor leal pela manhã, pois em ti confio. Mostra-me o caminho que devo seguir, pois a ti elevo a minha alma. Livra-me dos meus inimigos, Senhor, pois em ti eu me abrigo. Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; que o teu bondoso Espírito me conduza por terreno plano. Preserva-me a vida, Senhor, por causa do teu nome, por tua justiça, tira-me desta angústia. E no teu amor leal, aniquila os meus inimigos; destrói todos os meus adversários, pois sou teu servo. (Salmos 143)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Be my valentine?

"Apaixonar-se não é um encontro com a liberdade. É ser escravo de um sorriso, servo de um olhar, mordomo de um beijo. O pensamento não voa, porque prefere fazer ninho. Sabe a qual rosto amado se agarrar. Escolhe lembrar da mesma voz, dizendo as mesmas palavras, com a ternura de sempre. Apaixonar-se é render-se. Abandonar espadas, para segurar sonhos. É não lutar contra os sentimentos, mas deixá-los dominar o coração. Apaixonar-se é esquecer-se do que se sabia tão bem quando era só teoria. Apaixonar-se é mais do que correr riscos, é ver os riscos e não correr." (Thiago Grulha)

domingo, 12 de junho de 2011

Vou ali ser feliz e já volto.

Ontem chorei. Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fosse e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas.Versos brancos. Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje é já outro dia. Chorei. Apronto agora os meus pés na estrada. Ponho-me a caminhar sob sol e vento. Vou ali ser feliz e já volto. (Caio F.)

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Contrários.


Só quem já provou a dor, quem sofreu, se amargurou, viu a cruz e a vida em tons reais; quem no certo procurou mas no errado se perdeu, precisou saber recomeçar. Só quem já perdeu na vida sabe o que é ganhar, porque encontrou na derrota o motivo para lutar. E, assim, viu no outono a primavera; descobriu que é no conflito que a vida faz crescer, que o verso tem reverso, que o direito tem avesso, que o de graça tem seu preço. Que a vida tem contrários e que o ódio é uma forma tão estranha de amar! Que o perto tem distâncias, que esquerdo tem direito, que a resposta tem pergunta e o problema solução. E que o amor começa aqui, no contrário que há em mim; e a sombra só existe quando brilha alguma luz. Só quem soube duvidar pôde enfim acreditar; viu sem ver e amou sem aprisionar. Quem no pouco se encontrou aprendeu multiplicar; descobriu o dom de eternizar... Só quem perdoou na vida sabe o que é amar, porque aprendeu que o amor só é amor se já provou alguma dor. E assim viu grandeza na miséria; descobriu que é no limite que o amor pode nascer. (Fábio de Melo)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Das coisas por mim não ditas.


...E me pergunto se, quem sabe um dia, na hora certa, nosso encontro pode acontecer inteiro. 
"Fico pensando que nunca mais vai se repetir, é só uma vez, a única, e vai me magoar sempre. Não sei, não quero pensar. Neste espaço branco de madrugada e lua cheia, preciso falar, e mais do que falar, preciso dizer. Mas as palavras não dizem tudo, não dizem nada. O momento me esmaga por dentro. O espanto esbarra em paredes pedindo exteriorização. 
Por onde anda você, tão distanciado, tão silencioso? Em que nova galáxia posso te encontrar outra vez, moreno como um principe raptado por beduínos no deserto? Vez em quando baixa uma saudade, quase sempre clara como tem sido o ar verde-azulado do verão, e fico sentindo falta do teu jeito lento de chegar pisando em nuvens, sempre azul. As coisas andaram meio escuras para mim, durante muito tempo, depois, o fim do inverno levou as amarguras e tudo se renovou; estou pronta, outra vez, para te encontrar (...) E de repente, numa tarde quase quebrando de tão clara, você chegou na minha saudade. Escrevo. Há muito para dizer, mas é uma pena que não se possa mandar uma carta cheia de silêncio, que é música." (Caio F)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Pague o preço.


Pague o preço. Por suas escolhas, pelo seu futuro, pelo seu presente. Decida amar e acreditar nas pessoas, e então pague o preço por isso.

Essa semana tenho pensado - e vivido - muito sobre coisas que falei e que nem imaginava que um dia fossem mesmo acontecer. Tenho compreendido que Deus nos leva a lugares e também nos tira deles, sempre com um propósito maior do que poderíamos de fato entender. 
Hoje li algo interessante: "Sonhos são gratuitos, transformá-los em realidade tem um preço". Pagar o preço é atitude; é aprender a tomar iniciativas que, muitas vezes, outras pessoas não tomariam. Pagar o preço é sacrificar algo que tenha muita importância pra você, mas que no mundo espiritual, por exemplo, significa a sua obediência em abrir mão desse algo para que outros sejam beneficiados. Nem sempre é fácil... Aliás, pagar o preço é muitas vezes doloroso. Talvez seja dificil compreendermos ou até aceitarmos, mas é preciso que haja uma entrega da nossa parte para que, no tempo certo, estejamos dispostos a sacrificar algo pelo bem das pessoas, do Evangelho e de nós mesmos. Tudo está interligado. 

Quando você diz "Senhor, eis-me aqui! Eu estou disposto a cumprir o teu chamado, a fazer a Tua vontade, a andar nos Teus caminhos e a viver uma vida de santidade por amor ao Teu nome", você já parou pra pensar no que você realmente acabou de pedir? É muito sério! Querer a vontade de Deus significa uma luta diária contra nós mesmos; contra  nossa própria vontade; contra a nossa carne. Todos os dias das nossas vidas, matando o nosso querer, desistindo de muitos dos nossos sonhos para que os sonhos de Deus ocupem lugar em nossas vidas... Não é nada fácil. Mas vale a pena. Vale a pena morrer para que outros vivam. Foi o que Jesus fez por nós. Se quisermos mesmo seguir Seus passos, temos que tomar a nossa cruz.E, honestamente, se eu tiver que derramar muitas das minhas lágrimas só para que outros consigam sorrir, eu vou, Senhor. Pago o preço, como um dia Tu pagastes por mim. Pague o preço e siga!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Preciso dizer.

Eu tenho uma porção de coisas pra te dizer, dessas coisas assim que não se dizem costumeiramente, sabe, dessas coisas tão difíceis de serem ditas que geralmente ficam caladas, porque nunca se sabe nem como serão ditas nem como serão ouvidas.
Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você. Eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?

Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu.

Mas se você tivesse ficado, teria sido diferente?
Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente?
Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina. Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo. Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim. Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis. E eu acho que é por isso que te escrevo, para cuidar de ti, para cuidar de mim – para não querer, violentamente não querer de maneira alguma ficar na sua memória, seu coração, sua cabeça, como uma sombra escura. (Caio F. Abreu)