segunda-feira, 30 de setembro de 2013

De uma saudade que dói lá no fundo.

"O tempo não cura tudo. Aliás, o tempo não cura nada: o tempo apenas tira o incurável do centro das atenções."
Pessoas vão embora de todas as formas: vão embora da nossa vida, do nosso coração, do nosso abraço, da nossa amizade, da nossa admiração, do nosso país. E, muitas a quem dedicamos um profundo amor, morrem, mas continuam imortais dentro da gente. 
A vida segue: doendo, rasgando, enchendo de saudade… Depois nos dá aceitação, ameniza a falta trazendo apenas a lembrança que não machuca mais: uma frase engraçada, uma filosofia de vida, um jeito tão característico, aquela peculiaridade da pessoa... Mas pessoas vão embora. As coisas acabam. Relações se esvaem, paixonites escorrem pelo ralo, adeuses começam a fazer sentido. E se a gente sente com estas idas e também vindas, é porque estamos vivos. 
Cuidemos deste agora. Muitos já se foram para nos ensinar que a vida é só um bocado de momento que pode durar cem anos ou cinco minutos. E não importa quanto tempo você teve para amar alguém, mas o amor que você investiu durante aquele tempo. Segundos podem ser eternidades… ou não. Depende de você.
Foram 14 anos da minha vida inteiros cuidados por você, vovó. Que falta me faz chegar da escola e só esquentar a comida; que falta faz você reclamando da minha bagunça! Que falta faz ouvir sua voz, ouvir seus passos e saber que era você chegando... que falta faz. 5 anos, dona Lita... =( 

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