sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Minha escolha: o novo.

É nossa a tarefa de optar por seguir, parar ou mudar totalmente a direção dos nossos passos a fim de trilhar um novo caminho.  Mesmo com aquela pontinha de arrependimento, com aquele "poxa, e se eu tivesse escolhido ficar? Teria perdão? Teria volta? Ou teria sido infinitamente pior?". Gosto de uma citação do Caio Fernando Abreu que diz "...melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido. (...) Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina. Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas... Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento pra alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo!" 
Porque chega uma hora em que você tem que escolher a vida. Eu talvez não saiba bem ainda o que isso significa, mas é claro para mim que a hora desta escolha é agora, e está acontecendo.

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