"És um anjo in verso; em presença e peso. Atrevo-me; atravesso pra perto do peito teu."
Nada mais me pertence. Meus sonhos, meus medos, as coisas que sou e não sei, as coisas que quero e não fui. Como posso impedir o inevitável, se já não sou o que era momentos atrás? E meus pés, que fazem eles? Não me respeitam mais e lhe acompanham como se tivessem, para sempre, sido seus. Como se atrevem, você e essas partes todas de mim? Não me reconheço mais, sabendo o que sei agora. Entendendo que o que mais quero é deixar que me leves pelo braço, flutuando nesse bosque-mar que vislumbro, ambos se iniciando em algo mútuo, torcendo sempre para que bons ventos possam nos alcançar.
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